Calendário econômico: Super Quarta prevê decisões de juros no Brasil e nos EUA. Selic de 11,25%, projeções econômicas e índice de desemprego serão divulgados.
Os juros são uma taxa cobrada sobre o valor de um empréstimo ou investimento. Em geral, os juros são calculados de forma percentual e podem ser compostos, ou seja, incidem sobre o valor inicial somado aos juros acumulados. É importante sempre ficar atento às taxas de juros praticadas pelo mercado, pois elas podem variar conforme a instituição financeira e o tipo de operação.
Em momentos de instabilidade econômica, é comum que as taxas de juros sofram alterações significativas. Por isso, antes de contratar um empréstimo ou realizar um investimento, é essencial pesquisar e comparar as taxas de juros oferecidas por diferentes instituições. Dessa forma, é possível encontrar opções mais vantajosas e evitar acabar pagando mais do que o necessário em juros.
Juros e decisões de políticas monetárias no radar
Investing.com – Juros no Brasil e nos Estados Unidos estarão no radar dos investidores nos próximos dias, com a esperada Super Quarta. A próxima semana vai contar ainda com decisões de política monetária na China, Japão e Reino Unido e com indicadores de inflação ao consumidor na Zona do Euro. As projeções consensuais indicam manutenção nas fed funds nos Estados Unidos, na faixa entre 5,25% a 5,50%.
Os analistas estarão atentos às projeções econômicas para este e os próximos anos, as chamadas ‘dot-plots’. No Brasil, como o Comitê de Política Monetária (Copom) já indicou, tudo indica um corte de meio ponto percentual, levando a Selic de 11,25% para 10,75% ao ano. Segundo aponta em relatório, o ING avalia que a reunião do Federal Open Market Committee (FOMC, na sigla em inglês), será o centro das atenções na próxima semana. ‘Vemos o próximo movimento como um corte em junho, após uma série de divulgações de dados importantes.
No Reino Unido, todas as atenções estarão voltadas para a divulgação dos dados de inflação, antes da reunião do Banco de Inglaterra na quinta-feira. Na nossa opinião, o primeiro corte nas taxas ocorrerá em agosto’. O ING recorda que as projeções de dezembro sinalizavam três cortes de 25 pontos-base nas taxas de juros neste ano 2024, com mais cortes de 100 pontos-base previstos para 2025.
Projeções e taxas de juros em destaque
‘Esperamos um conjunto semelhante de projeções na reunião do FOMC de 20 de março com mensagens indicando que o Fed está inclinado a cortar as taxas ainda este ano, mas eles precisam ver mais evidências para justificar essa ação’, completa o ING. Calendário local A semana inicia com divulgação do IGP-10 de março e do Índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) de janeiro, considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Em dezembro, o IBC-Br avançou 0,82%. A decisão sobre a taxa de juros ocorre na quarta pela noite e os analistas vão procurar pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.
O Itaú BBA espera que as autoridades afirmarão que anteveem reduções de mesma magnitude nas próximas reuniões, assim como o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA). ‘O comitê deverá manter o plural (‘próximas reuniões’), ao mesmo tempo em que destaca a resiliência da atividade e as preocupações com a inflação para justificar a manutenção do ritmo’, apontou o BofA em relatório.
A XP (BVMF:XPBR31) concorda, mas pondera que os riscos de isso não acontecer foram elevados. ‘Depois desses dados de atividade, o mercado está mais preocupado e a discussão ganha mais força’, afirma Alexandre Maluf, economista da XP. Na sexta, além da Confiança do Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), o mercado conhece dados da receita tributária federal, em meio à desconfiança do mercado a respeito do cumprimento da meta fiscal deste ano.
Decisões e indicadores econômicos em destaque
Calendário externo Vendas no varejo, produção industrial e taxa de desemprego chinesas serão divulgadas no domingo, enquanto a segunda será de Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e balança comercial europeia e decisão de juros japonesa. Dados de produção industrial no Japão seguem na terça, mesma data em que a China decide sobre seus juros.
Preços ao consumidor e produtor marcam a quarta no Reino Unido, balança comercial no Japão, mas os olhos estarão direcionados ao Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano. Thomas Monteiro, estrategista-chefe do Investing.com, avalia ser um momento decisivo para o rali de ações americanas até agora, uma vez que o Fed se vê confrontado com dados econômicos particularmente contrastantes com a narrativa do início do ano que previa o ciclo de baixa começando já no primeiro semestre.
‘Ainda que um corte de juros agora esteja totalmente descartado, o mercado buscará entender onde exatamente nos encontramos em relação às decisões seguintes do Fed, em maio e junho – com maior ênfase na última’. Dados de transações correntes europeias e americanas serão divulgadas na quinta, mesma data da decisão de política monetária no Reino Unido e dos preços ao consumidor japoneses. Na sexta, é a vez das vendas no varejo do Reino Unido.
Fonte: © BR Investing
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