Filme sobre ditadura militar e direitos humanos no Brasil pode levar o país de volta ao Oscar após estrear no Festival de Veneza como Melhor Filme Internacional.
Nesta segunda-feira (23), a Academia Brasileira de Cinema anunciou oficialmente o filme que representará o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025. A escolha foi feita após uma análise cuidadosa das produções nacionais do ano.
O filme escolhido pela comissão do país é Ainda Estou Aqui, do diretor Walter Salles, que teve uma estreia internacional de sucesso e conquistou premiação no Festival de Veneza. Essa obra cinematográfica é considerada uma das melhores produções do ano e tem tudo para representar o Brasil com dignidade na disputa pelo Oscar. A expectativa é grande para ver como o filme será recebido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
Um Filme de Resistência
O filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi escolhido por unanimidade entre uma seleção de outros 11 filmes brasileiros para representar o país no Festival de Veneza. Dirigido por Walter Salles, o mesmo diretor de ‘Central do Brasil’, indicado ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 1999, a produção conta com Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, mãe e filha, dividindo o papel de Eunice Paiva, protagonista do drama baseado em história real.
A obra é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, e é ambientada no Brasil da década de 1970. A trama segue a jornada de uma mulher casada com um importante político que precisa mudar de vida completamente quando ele é exilado durante a ditadura e desaparece. Assim, a dona de casa se torna ativista pelos direitos humanos.
Uma Obra de Resistência
A presidente da Comissão de Seleção, a atriz e cineasta Bárbara Paz, ressalta a força da obra de Walter Salles como um momento importante para o audiovisual nacional. ‘É uma obra-prima sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas’, afirma. A longa-metragem é uma produção que aborda temas importantes, como a ditadura militar e a luta pelos direitos humanos, e é considerada uma das melhores obras do cinema brasileiro recente.
A escolha do filme para representar o Brasil no Festival de Veneza é um reconhecimento da qualidade da produção e da importância da obra para o cinema nacional. Além disso, a longa-metragem também é um tributo à vida e à luta de Eunice Paiva, uma mulher que se tornou um símbolo da resistência contra a ditadura militar no Brasil.
Fonte: @ Terra
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