Reunião do Cepe define nova proposta de reajuste salarial para servidores técnico-administrativos em greve desde março.
Alunos da Universidade de São Paulo (USP) retornam às aulas nesta segunda-feira (15). Após 50 dias de paralisação, os docentes concordaram no dia 10 de agosto com o término da greve. O cronograma acadêmico revisado será divulgado na terça-feira (16), durante encontro do Conselho Universitário (CO) da USP.
Na segunda-feira (15), a comunidade acadêmica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) celebrou o retorno das atividades letivas. Após 40 dias de greve, os professores anunciaram no dia 10 de setembro o fim da paralisação. O planejamento acadêmico atualizado será apresentado na quarta-feira (17), durante a reunião do Conselho de Ensino para Graduados (CEG) da UFRJ.
Aulas retornam após fim da greve na UnB
A paralisação dos servidores técnico-administrativos da universidade, iniciada em 11 de março, continua sem definição clara sobre o retorno às atividades. A decisão sobre o fim ou continuidade do movimento está prevista para quinta-feira (27). Enquanto isso, os estudantes da Universidade de Brasília (UnB) retomam as aulas nesta quarta-feira (26), após 67 dias de greve dos professores, que optaram pelo retorno aos campi no dia 20 de junho.
O novo calendário acadêmico será discutido durante a reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UnB, agendada também para quinta-feira (27). O vice-reitor e presidente do Cepe, Enrique Huelva, garantiu que todos os dias de paralisação serão recuperados, visando minimizar os impactos no cronograma letivo.
A proposta apresentada pelo governo e aceita pelos professores das universidades federais inclui um reajuste salarial de 12,5%, dividido em dois momentos: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026. Além disso, prevê a alteração da redação da IN n.66/2022 para garantir a retroatividade dos efeitos funcionais e financeiros, desde que a solicitação seja feita em até 6 meses.
Para aprimorar as condições dos docentes, a proposta contempla a criação de três grupos de trabalho para discutir questões como o reenquadramento de aposentados, o reposicionamento dos professores já na carreira que participaram de novos concursos e perderam a progressão anterior, e a revogação da IN n.15/2022, que trata de adicionais ocupacionais, como insalubridade. A expectativa é que tais medidas contribuam para a valorização e o desenvolvimento da categoria.
Neste cenário de negociações e acordos, a comunidade acadêmica aguarda ansiosamente o desfecho das discussões e a retomada plena das aulas na UnB, visando a normalização das atividades acadêmicas e administrativas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo