Segunda prévia mostra PIB crescendo 1,3%, confirmando desaceleração econômica e revisão de números de crescimento.
O Produto Interno Bruto (PIB) trimestral do Brasil aumentou 0,8% no 2º trimestre de 2024, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31).
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) reflete a recuperação gradual da economia brasileira, impulsionada principalmente pelo setor de serviços e pela indústria. A expectativa é que o país continue a registrar avanços nos próximos trimestres, contribuindo para a estabilidade econômica e o aumento do emprego no país.
Revisão do PIB dos EUA aponta desaceleração na economia americana
Nesta segunda análise econômica, que fornece dados mais abrangentes, o número revela que a economia americana não está tão robusta quanto indicado na primeira prévia divulgada no final de abril. O relatório inicial mostrou um crescimento de 1,6% do Produto Interno Bruto entre janeiro e março deste ano, representando um acréscimo de 0,3 ponto percentual em relação à medição ajustada pelo BEA. A relevância deste relatório reside na revisão dos números de crescimento da economia e da inflação nos EUA, determinando se os indicadores estão mais fortes ou mais fracos do que inicialmente apontado.
Revisão do PIB dos EUA e impacto nas expectativas do mercado
É crucial avaliar a coerência desses dados com as projeções do mercado, pois a surpresa (positiva ou negativa) para os investidores é fundamental na precificação dos ativos. A primeira estimativa do PIB dos EUA no primeiro trimestre já havia ficado significativamente abaixo das expectativas do mercado, que previam um aumento anual de 2,5% (em oposição aos 1,6% divulgados). O dado mais recente reforça a desaceleração da economia americana, o que pode levar o Federal Reserve (Fed) a considerar a redução das taxas de juros.
Desempenho do PIB e inflação nos EUA
No quarto trimestre de 2023, o PIB havia registrado um crescimento anual de 3,4%, destacando a distância entre o ritmo de crescimento atual e o período anterior. A desaceleração foi impulsionada principalmente pela redução nos gastos do consumidor, exportações e despesas dos governos locais e estaduais, juntamente com uma diminuição nos gastos do governo federal. Esses movimentos foram parcialmente compensados por um aumento nos investimentos em residências, enquanto as importações aceleraram.
Revisão da inflação e despesas de consumo nos EUA
A segunda análise revelou uma revisão de 0,1 ponto percentual para baixo no índice de preços de compras em comparação com a leitura anterior. O índice anualizado de preços estava em 3,1% no primeiro trimestre, sendo corrigido para 3% pelo BEA, ligeiramente abaixo das expectativas de mercado. As despesas de consumo pessoal (PCE) medidas pelo BEA, um indicador chave da inflação americana, apresentaram uma taxa de 3,3%, também revisada 0,1 ponto percentual para baixo em relação às projeções anteriores. Mesmo com as revisões, os indicadores continuam a apontar para uma forte aceleração da inflação nos EUA entre o final de 2023 e o início deste ano.
Fonte: @ Valor Invest Globo