Eleição presidencial em 5 de julho, segundo turno, Ministério do Interior, Parlamentar Massoud, Guarda Revolucionária.
Um político moderado vai competir com o candidato favorito do líder supremo da República Islâmica do Irã no segundo turno das eleições presidenciais do país, em 5 de julho, após o Ministério do Interior ter divulgado no último sábado que nenhum outro concorrente conquistou votos necessários na etapa inicial do pleito no Irã.
O segundo turno da eleição presidencial no Irã promete ser acirrado, com a participação do político moderado e do candidato apoiado pelo líder supremo da República Islâmica do Irã. A data marcada para a decisão final é 5 de julho, conforme anunciado pelo Ministério do Interior do Irã após a primeira etapa das eleições não ter um vencedor claro. A expectativa é de uma disputa intensa entre os dois concorrentes no Irã.
Irã: Resultado eleitoral e os desafios da República Islâmica do Irã
Na República Islâmica do Irã, o Ministério do Interior divulgou que nenhum dos candidatos atingiu a marca de 50% mais um dos mais de 25 milhões de votos recebidos, requisito necessário para a vitória no primeiro turno. Entre os concorrentes, destaca-se o discreto parlamentar Massoud Pezeshkian, considerado o único moderado em meio aos quatro postulantes, e Saeed Jalili, ex-membro da Guarda Revolucionária. Pezeshkian lidera a corrida, acumulando mais de 10 milhões de votos, enquanto Jalili segue atrás, com mais de 9,4 milhões.
No Irã, o poder central recai sobre o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, o que significa que o desfecho das eleições não acarretará mudanças significativas no programa nuclear iraniano ou no apoio do país a grupos milicianos do Oriente Médio. No entanto, é o presidente que desempenha um papel crucial na gestão cotidiana do governo, podendo influenciar as posturas adotadas pelo Irã.
O cenário eleitoral reflete a expectativa do establishment clerical de uma participação expressiva para mitigar a crise de legitimidade decorrente do descontentamento público em relação aos desafios econômicos e às restrições às liberdades políticas e sociais. No entanto, a taxa de comparecimento às urnas foi a mais baixa da história, situando-se em torno de 40%, conforme dados oficiais do Ministério do Interior divulgados recentemente.
O momento da eleição coincide com um aumento das tensões regionais, em meio ao conflito entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, no Líbano, ambos aliados de Teerã. Além disso, o Irã enfrenta uma crescente pressão internacional devido ao avanço veloz de seu programa nuclear.
Com o líder supremo do Irã, que já conta com 85 anos, é provável que o próximo presidente desempenhe um papel crucial na escolha do sucessor de Khamenei, que busca um líder leal capaz de garantir estabilidade durante uma eventual transição de poder. Analistas e fontes próximas ao tema apontam para a importância estratégica desse processo para o futuro do país.
Fonte: @ Agencia Brasil
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