Série chega à Max com Aly Muritiba no comando, ampliando debates e explorando universo do filme 20 anos depois.
Barbantinho e Buscapé Foto: Divulgação/Renato Nascimento A recente onda de continuações e refilmagens que têm tomado conta do cinema mundial está gerando surpreendentes bons frutos, caso dos atuais ‘Alien: Romulus’ e ‘Twisters’. Se não podemos vencer o apelo nostálgico esvaziado, o melhor a se fazer é tirar proveito dele com histórias que tenham algo a acrescentar. A Cidade de Deus é um exemplo marcante desse potencial, com sua narrativa impactante e personagens inesquecíveis.
Em meio às produções cinematográficas que exploram a realidade das favelas, o filme Cidade de Deus se destaca como um marco de sucesso e relevância cultural. A história de vida dos personagens retratados na Cidade de Deus ganhou notoriedade mundial, inspirando até mesmo uma série de televisão baseada no universo criado no filme. A força e autenticidade presentes na Cidade de Deus continuam a cativar públicos de diversas partes do mundo.
Cidade de Deus: A Luta Não Para – Continuações e Vivências
Felizmente, é isso que Aly Muritiba faz em ‘Cidade de Deus: A Luta Não Para’. Duas décadas após o lançamento do filme que colocou o cinema brasileiro em destaque e definiu o gênero cinematográfico conhecido como favela movie, a série produzida pela O2 Filmes e distribuída pela Warner Bros.Discovery, na Max e na HBO, surge como uma resposta aos desdobramentos gerados pelo filme em relação à violência nas comunidades e seus efeitos no pensamento coletivo. A violência e o tráfico ainda estão presentes, mas a série promete um olhar mais amplo sobre as diversas vivências que cabem em um único local.
Cidade de Deus: Onda Nostálgica e Universo Expandido
‘Cidade de Deus’ é uma das obras mais icônicas do cinema brasileiro, criando um novo gênero cinematográfico que foi replicado não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Aly Muritiba, responsável por sucessos como ‘Para Minha Amada Morta’ e ‘Ferrugem’, traz sua visão contemplativa para dar continuidade à história. Em entrevista ao Terra, ele expressa a responsabilidade e o medo da comparação, mas também a vontade de contribuir de forma significativa para a narrativa.
Cidade de Deus: Apelo do Vazio Nostálgico e Gênero Cinematográfico
A série de ‘Cidade de Deus’ mergulha no universo do filme original, trazendo de volta personagens marcantes como Buscapé e Berenice, enquanto introduz novos rostos como Jerusa. O enredo se desdobra em torno do conflito interno de Buscapé e do retorno de Bradock, trazendo à tona questões morais e dilemas profundos. Aly Muritiba, com sua abordagem delicada e introspectiva, explora as complexidades desses personagens em um cenário que mistura nostalgia e novidade.
Cidade de Deus: Olhar Plural e Mais Vivências
No primeiro episódio da série, somos reintroduzidos a personagens icônicos como Buscapé e Barbantinho, ao mesmo tempo em que somos apresentados a novos personagens como Jerusa. A narrativa se desenvolve em torno do embate ideológico de Buscapé e do retorno de Bradock, explorando a maturidade e as cicatrizes emocionais dos personagens. Aly Muritiba, com sua sensibilidade cinematográfica, expande o universo de ‘Cidade de Deus’ ao trazer à tona uma variedade de vivências e perspectivas.
Fonte: @ Terra