Módulo Lunar Chang’e-6 alcança passo significativo em missão não tripulada com esforço lunar robótico complexo.
O módulo lunar Chang’e-6 da China aterrissou com êxito no lado oposto da Lua na madrugada deste domingo (2), em um passo relevante para a ambiciosa missão que poderia impulsionar as aspirações do país de enviar astronautas à Lua. A sonda Chang’e-6 pousou na Bacia do Polo Sul-Aitken, onde iniciará a coleta de amostras da superfície lunar, conforme divulgado pela Administração Espacial Nacional da China.
Sendo a iniciativa lunar robótica mais elaborada da China até o momento, a missão não tripulada tem como objetivo trazer de volta à Terra amostras do outro lado da Lua pela primeira vez. O pouso marca a segunda vez que uma missão alcança com sucesso o outro lado da lua, representando um marco histórico na exploração espacial.
Missão Lunar Chang’e-6: Explorando o Solo Lunar
A China alcançou um marco significativo em 2019 com a missão histórica da sonda Chang’e-4, e agora, com a missão Lunar Chang’e-6, está dando mais um passo em direção à exploração da Lua. Esta missão não tripulada é parte de um esforço lunar robótico para coletar amostras do solo lunar e obter insights importantes sobre a origem e evolução da Lua, da Terra e do sistema solar.
O objetivo da missão é pousar na cratera de impacto conhecida como Bacia Apollo, localizada na extensa Bacia Aitken do Polo Sul da Lua. Com cerca de 2.500 quilômetros de diâmetro, esta região é de grande interesse para os cientistas. A sonda Chang’e-6, composta por um orbitador, um módulo de aterrissagem, um ascendente e um módulo de reentrada, orbitou a Lua por cerca de 20 dias antes de iniciar a coleta de amostras.
Para alcançar esse objetivo, a sonda utilizará uma broca e um braço mecânico para recolher até 2 quilogramas de poeira lunar e rochas da bacia. A missão inclui a passagem de dois dias no lado oculto da Lua, onde serão coletadas amostras do solo lunar durante 14 horas. Este é um passo significativo na missão, pois o lado oculto da Lua apresenta desafios únicos de comunicação.
O módulo de pouso da Chang’e-6 precisará armazenar roboticamente as amostras em um veículo de subida, que retornará à órbita lunar para transferir as amostras para uma cápsula de reentrada. A cápsula e o orbitador viajarão de volta à órbita da Terra, onde se separarão, permitindo que a cápsula de reentrada retorne ao local de pouso na China.
Essa missão lunar robótica é parte dos esforços da China para se tornar uma potência espacial dominante e alcançar seus objetivos de pousar astronautas na Lua até 2030. A exploração lunar expandida é vista como um campo cada vez mais competitivo, com benefícios estratégicos e científicos para os países envolvidos.
Com a missão Lunar Chang’e-6, a China está dando um passo significativo em direção à compreensão da Lua e do sistema solar, enquanto demonstra suas capacidades técnicas e científicas no espaço. Este é mais um marco na jornada espacial do país e uma contribuição importante para a exploração lunar contínua.
Fonte: © CNN Brasil
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