Maior produtora de celulose do mundo registrou lucro de R$ 3,2 bilhões, com resultados robustos, valorização de ações e preços realizados, apesar de custos altos, mantendo fluxo de caixa livre.
A Suzano, uma das principais empresas do setor de papel e celulose no Brasil, apresentou resultados impressionantes no terceiro trimestre, superando as expectativas do mercado. Os resultados do terceiro trimestre da Suzano (SUZB3) foram divulgados ontem à noite e trouxeram uma surpresa positiva.
Com esses resultados, as ações da empresa dispararam no pregão de hoje, na B3, registrando uma valorização de 3,5% por volta de 12h15, negociado a R$ 59,39. A empresa tem demonstrado uma forte recuperação nos últimos trimestres, o que tem atraído a atenção dos investidores. Além disso, a Suzano tem se destacado no mercado por sua capacidade de inovação e sustentabilidade, o que é um grande diferencial em relação às outras empresas do setor.
Resultados Robustos da Suzano
A Suzano, maior produtora de celulose do mundo, apresentou lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 733 milhões reportado no mesmo período do ano anterior. A receita cresceu 37% para R$ 12,3 bilhões, enquanto o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) saltou 77% para R$ 6,4 bilhões. Esses números robustos superaram as estimativas do mercado, impulsionados por melhores volumes de celulose e pela desvalorização do real.
A Suzano, empresa líder no setor de papel, apresentou desempenho destacado no terceiro trimestre, apesar do crescimento nos custos e dos preços baixos da celulose. O Citi avalia que os resultados poderiam ser ainda melhores se não fosse o aumento nos custos. No entanto, a instituição financeira mantém recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo em R$ 70.
Preços Realizados e Custos
Os números também superaram as projeções do J.P. Morgan, com preços realizados da celulose acima do esperado e compensando o desempenho ruim da unidade de papéis. A unidade de celulose combinou bons preços e custos sob controle. No entanto, o banco destaca que a unidade de papéis teve resultados decepcionantes por conta de custos altos. Além disso, a queima de caixa continua significativa devido aos altos investimentos no projeto Cerrado.
O J.P. Morgan mantém recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo em R$ 80. Já o Itaú BBA destaca a queda no nível de endividamento da empresa medida em dólares para 3,1 vezes no terceiro trimestre, comparado a 3,2 vezes no segundo trimestre de 2024. A forte geração de fluxo de caixa livre operacional de R$ 3,8 bilhões no período se refletiu em um rendimento anualizado ‘impressionante’ de aproximadamente 20%.
Previsões e Recomendações
Para o Bradesco BBI, mesmo ante a perspectiva de preços baixos de celulose, a estimativa é que no quarto trimestre a empresa deva mostrar desempenho operacional ‘forte e constante’, com o Cerrado contribuindo com maiores volumes e menores custos. O BBI reitera a classificação de compra para as ações da empresa, com preço-alvo de R$ 78,00. A Suzano, empresa líder no setor de papel, continua a apresentar resultados robustos e uma valorização de suas ações.
Fonte: @ Valor Invest Globo