Dados do Censo de 17/03/2023: melhorou a alfabetização nacional, porém desigualdade persiste. Nordeste: analfabetismo 35-44% maior, idosos 65+: Norte. Regiões: Alagoas, Piauí. Faixa etária: 35-44 anos (indígenas: 4x mais analfabetos). Municípios: taxas disparatas regionais e raciais. (IBGE)
No Brasil, 11,4 milhões de indivíduos com 15 anos ou mais não possuem habilidades de leitura e escrita básicas – o que representa uma taxa de 7% nessa faixa etária. Mesmo com avanços significativos ao longo dos anos, o Nordeste mantém-se como a região com o maior índice de analfabetismo do país: 14,2%, o dobro da média nacional.
O combate ao analfabetismo é fundamental para a melhoria dos graus de educação no Brasil. Reduzir a taxa de analfabetos é um desafio complexo, mas essencial para garantir um futuro mais promissor para todos os cidadãos.
Taxa de Analfabetismo no Brasil: Dados do Censo Demográfico 2022
Os dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam informações cruciais sobre a taxa de analfabetismo no Brasil. Em comparação com a pesquisa de 2010, houve uma melhora relativa, com um salto de 80,9% para 85,79% de alfabetizados no Nordeste.
A desigualdade regional continua evidente, com o Sul liderando o país com um índice de 96,6% de moradores alfabetizados. Essa disparidade geográfica é acentuada, refletindo diferenças gritantes em várias frentes, como raça e idade.
Por exemplo, as taxas de analfabetismo entre indígenas, pretos e pardos são significativamente mais altas do que entre brancos. Enquanto os jovens de 15 a 19 anos apresentam baixo índice de analfabetismo, os idosos com mais de 65 anos têm uma taxa alarmante de 20,3%.
Em relação aos municípios, 50 deles possuem índices de analfabetismo acima de 30%, sendo a maioria localizada no Nordeste, com exceções como Alto Alegre e Amajari, em Roraima. Alagoas e Piauí registram os piores números a nível estadual.
Por outro lado, os municípios com menores índices de analfabetismo estão concentrados no Sul e Sudeste, enquanto Santa Catarina e o Distrito Federal se destacam pelos melhores desempenhos. A disparidade entre a população preta e branca é evidente, com taxas mais altas entre os primeiros.
Uma redução significativa na taxa de analfabetismo foi observada entre pessoas indígenas de 2010 a 2022, especialmente na região Norte. A faixa etária de 35 a 44 anos também apresentou uma queda expressiva nesse índice.
O envelhecimento da população brasileira é apontado como um dos fatores para a alta taxa de analfabetismo entre os idosos, refletindo uma ‘dívida educacional brasileira’. Apesar disso, houve melhorias ao longo das décadas, especialmente entre as gerações mais novas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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