Em 2025, possível meta de superávit de 0,5% do PIB ainda será discutida. Autoridade monetária, taxa Selic e políticas públicas podem influenciar interferências nas empresas privadas.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou neste sábado (30) que não há planos no governo para discutir possíveis alterações na meta fiscal até o meio do ano. Em declarações à CNN Brasil, Tebet ressaltou a importância de manter a estabilidade das contas públicas. Ela destacou que a meta de déficit zero estabelecida para este ano continuará em vigor, pelo menos até o meio do ano, quando uma reavaliação poderá ser feita.
A manutenção da meta fiscal é essencial para o alcance do objetivo fiscal e da meta de resultado primário estabelecidos pelo governo. Portanto, qualquer ajuste deve ser cuidadosamente considerado para garantir a sustentabilidade das contas públicas. O compromisso do governo com o equilíbrio fiscal permanece firme, visando assegurar a estabilidade econômica do país.
Ministra discute possível meta fiscal para 2025
Em relação ao ano de 2025, foi levantada a possibilidade de uma meta de superávit de 0,5% do PIB, entretanto, ainda há discussões a respeito desse tema. É importante ressaltar que o início de 2023 foi marcado por um déficit fiscal de R$ 230 bilhões, o qual resultou na necessidade de recuperação de diversas políticas públicas que haviam sido paralisadas pelo governo anterior, conforme comentou a ministra em questão.
Objetivo fiscal: zerar o déficit
Com a redução do déficit, o novo objetivo é alcançar o equilíbrio, buscando zerar o déficit fiscal. A ministra, que foi escolhida para atuar como uma voz discordante no governo, especialmente na área econômica, demonstrou satisfação com os avanços observados até o momento e comemorou o crescimento econômico registrado no ano anterior.
Questionamentos sobre a taxa Selic e interferências em empresas privadas
Além disso, a ministra manifestou interesse em compreender os motivos que levaram a autoridade monetária a indicar uma possível desaceleração no ritmo de cortes na taxa Selic, apesar de ter apoiado a autonomia do Banco Central. A discussão sobre supostas interferências do presidente em empresas privadas e de economia mista, como a Petrobras e a Vale, também foi abordada. Tebet mencionou que há indícios de que o presidente busca ter ‘amigos’ nessas companhias.
Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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