Jacqueline Iris Bacellar de Assis é acusada de assinar laudos falsos no laboratório PSC Lab Saleme, causando erro humano em exames de transplante de infectados.
No Rio de Janeiro, uma técnica em patologia clínica se entregou à Polícia Civil após ser acusada de ter assinado laudos falsos em um laboratório sob investigação. Jacqueline Iris Bacellar de Assis, de 36 anos, se apresentou em uma delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, onde responderá às acusações de ter emitido exames com falsos negativos para HIV.
A investigação aponta que a técnica em patologia clínica trabalhava no laboratório PSC Lab Saleme, um estabelecimento que está sendo investigado por emitir laudos falsos. A clínica em questão é suspeita de ter emitido exames com resultados falsos, o que pode ter colocado em risco a saúde de muitas pessoas. A segurança dos pacientes é fundamental e a investigação busca esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos. A transparência é essencial em casos como esse, onde a confiança dos pacientes é fundamental.
Erro no Laboratório PCS Saleme
Um erro grave no laboratório PCS Saleme resultou em seis pacientes recebendo transplantes infectados com o vírus HIV. A funcionária Jacqueline de Assis foi presa e, até o final da tarde desta terça-feira, ainda estava prestando depoimento. Ela afirma que nunca realizou testes no laboratório e que seu nome está sendo usado como ‘laranja’. No entanto, o PCS Lab afirma que ela informou ter diploma de biomédica e carteira profissional com habilitação em patologia clínica, e que assinou diversos laudos de exames nos últimos meses.
A Faculdade Unopar informou que não reconhece o diploma de biomedicina da técnica em patologia clínica apresentado pelo laboratório. A funcionária afirma desconhecer o documento. O ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório PCS Saleme, afirmou em depoimento que o transplante de órgãos infectados com HIV foi causado por preparação incorreta do exame para detectar a doença e erro na hora de registrar o resultado do teste.
Erros Humanos no Laboratório
Segundo o advogado Afonso Destri, que faz a defesa do médico, Vieira disse à Polícia Civil que os erros foram cometidos por três funcionários da clínica. Dois deles foram presos, incluindo Jacqueline de Assis e Ivanilson Fernandes dos Santos. O técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos segue foragido. O estabelecimento já havia afirmado por meio de nota que um erro humano teria levado à infecção com o vírus HIV em pacientes.
No depoimento, Vieira detalhou as supostas falhas. Em um dos laudos, o erro foi atribuído ao responsável técnico Ivanilson dos Santos, que teria se enganado e escrito ‘negativo’ no lugar de ‘positivo’ no teste de HIV. No entanto, ele não poderia assinar e liberar o resultado devido à falta de formação de nível superior. A função de checar e assinar o exame feito por Ivanilson era de Jacqueline de Assis, que não teria realizado uma checagem e liberado o laudo com o falso negativo.
O erro no primeiro laudo foi causado pelo biólogo Cleber Santos no momento de preparar o exame. Ele não teria ‘zerado’ a máquina, o que causou o falso negativo. O profissional tinha formação e capacidade para assinar e liberar o documento com os resultados, mas a assinatura final é de Vieira. A defesa alegou que os documentos foram assinados porque há vários testes a serem feitos antes de os órgãos serem doados e que o ginecologista assinou somente o exame final.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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