Pavel Durov, cofundador do Telegram, afirma que a mudança deve desencorajar criminosos que prejudicam a imagem da plataforma, protegendo dados de usuários e autoridades.
O aplicativo de mensagens Telegram anunciou que fornecerá informações de identificação de usuários, incluindo endereços IP e números de telefone, às autoridades competentes em casos de mandados de busca ou solicitações legais válidas. Essa mudança nos termos de serviço e política de privacidade visa proteger a segurança dos usuários e combater atividades criminosas.
Segundo o CEO Pavel Durov, essa alteração deve desencorajar criminosos de utilizar a plataforma de comunicação online para fins ilícitos. A medida visa garantir que o Telegram continue sendo uma rede social segura e confiável para seus usuários. A mudança foi anunciada em uma postagem do Telegram na segunda-feira (23/9), reforçando o compromisso da empresa em manter a privacidade e a segurança dos usuários.
Telegram: Mudanças na Política de Privacidade
Embora a maioria dos usuários do Telegram não esteja envolvida em atividades ilícitas, os casos de crimes cometidos por uma pequena parcela de usuários criam uma imagem negativa para a plataforma, colocando em risco os interesses de quase um bilhão de usuários. O cofundador do Telegram, Pavel Durov, recentemente anunciou uma mudança significativa na política de privacidade da plataforma.
Durov, que foi detido pelas autoridades francesas em um aeroporto ao norte de Paris, foi acusado de permitir o uso da plataforma para atividades criminosas, incluindo a divulgação de imagens de abuso infantil e tráfico de drogas. Ele também foi acusado de não cumprir a lei. No entanto, Durov negou as acusações e atacou as autoridades, afirmando que responsabilizá-lo por crimes cometidos por terceiros na plataforma era ‘surpreendente’ e ‘equivocado’.
Críticas ao Telegram
Críticos do Telegram afirmam que a plataforma se tornou um foco de desinformação, pornografia infantil e conteúdo relacionado a terrorismo, em parte devido a um recurso que permite que grupos tenham até 200 mil membros. Em comparação, o WhatsApp, de propriedade da Meta, limita o tamanho dos grupos a mil usuários. Além disso, o Telegram foi examinado no Reino Unido por hospedar canais de direita radical que contribuíram para a violência em algumas cidades britânicas.
A prisão de Durov desencadeou um debate sobre o futuro das proteções à liberdade de expressão na internet. Muitas pessoas começaram a questionar se o Telegram é realmente um lugar seguro para dissidentes políticos. O pesquisador do Citizen Lab da Universidade de Toronto, John Scott-Railton, afirma que a mais recente mudança de política do Telegram está sendo recebida com alarme em muitas comunidades.
Impacto na Comunidade
A mudança de política do Telegram levanta questões sobre como a plataforma lidará com as demandas dos líderes de regimes repressivos no futuro. Especialistas em segurança cibernética afirmam que, embora o Telegram tenha removido alguns grupos no passado, ele tem um sistema muito mais fraco de moderação de conteúdo extremista e ilegal do que empresas de mídia social concorrentes e aplicativos de mensagens. Antes da recente expansão da política, o Telegram só fornecia informações sobre suspeitos de terrorismo. Agora, a plataforma está usando uma equipe dedicada para lidar com essas questões.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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