Participante compartilha app, ganha descontos em vendas na plataforma online com amplo portfólio de games e ferramentas.
Publicidade Em maio de 2024, o e-commerce brasileiro ganhou um novo participante de peso, o Temu.
Não demorou muito para que a varejista chinesa se destacasse no mercado, oferecendo produtos inovadores e preços competitivos. O Temu rapidamente conquistou os consumidores brasileiros, tornando-se uma opção popular para compras online.
Temu: a nova varejista chinesa chegando ao mercado brasileiro
Praticamente desconhecida no Brasil até então, a Temu é uma plataforma de vendas online com operação semelhante à de gigantes como Shein, Amazon e Shopee, mas com alguns diferenciais para engajar o cliente. Além de uma variada gama de produtos – que abrange vestuário, cosméticos, móveis, eletrônicos, utilidades domésticas e por aí vai – a chinesa utiliza ferramentas de games. Dessa forma, oferece aos usuários tarefas e jogos para que possam ganhar pontos (ou ‘moedas’) para serem utilizados como descontos na compra de novos produtos.
Ao que tudo indica, a estratégia parece estar dando resultado. Segundo dados da Bloomberg Second Measure, que compila e analisa transações com cartões de crédito e débito, as vendas da Temu ultrapassaram as da Shein em cerca de 20 % em maio nos EUA. Para analistas, o amplo portfólio e o baixo ticket médio (há eletrônicos que custam entre US$ 5 e U$ 10 no site) são o principal motivo do sucesso da novata, que ainda nem completou dois anos de existência.
Origem e Expansão da Temu
A Temu foi lançada em setembro de 2022, mas a sua origem remonta a 2015, quando Colin Huang fundou a plataforma de compras Pinduoduo. Huang fez carreira como engenheiro do Google, tendo sido antes estagiário da Microsoft em Pequim e em Seattle. Em tradução livre, o nome significa algo como ‘juntando pessoas para reduzir o preço’, e foi exatamente com esse propósito que a Pinduoduo surgiu na vida de cerca de meio bilhão de chineses.
Na época, havia uma grande massa de consumidores que não estavam sendo atendidos em simples produtos para o lar – como hortifrutis e outros itens de supermercado – pois o catálogo das gigantes do e-commerce só tinha eletrônicos, moda, móveis, e assim por diante. Para oferecer esses produtos a preços competitivos, a Pinduoduo precisava de muita escala. Foi aí que veio a grande sacada da estratégia: fomentar as compras em grupo. À medida que os usuários traziam mais gente para os grupos de compras, mais descontos e benefícios ganhavam em suas transações.
Tempos depois, a plataforma foi deixando de ser somente uma varejista online agrícola, e passou a conectar consumidores e empresas de diversos outros segmentos. Outro diferencial importante da Pinduoduo é a experiência oferecida ao usuário. Em vez de focar na lupa de busca de um produto específico – como fazem as outras plataformas – a Pinduouo mostra diversos produtos relacionados na mesma tela, de forma mais lúdica. Ao conhecer os hábitos de consumo do usuário, a plataforma monta uma espécie de ‘feed de produtos’ para cada um, mais ou menos como no Instagram. Dessa forma, a tela inicial se parece mais com uma rede social do que propriamente com um e-commerce.
Basicamente, a Temu é a versão internacional da Pinduoduo, que atua somente na China. A sede do grupo, controlado pela PPD Holdings, fica atualmente em Dublin, na Irlanda, e a da Temu fica em Boston, nos Estados Unidos. Em 2021, Colin Huang deixou a empresa para seguir novos desafios, mas seu legado continua a influenciar o mercado de e-commerce global.
Fonte: @ Info Money
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