Títulos indexados buscam alavancar o mercado com títulos-atrelados, em resposta à dívida-pública e indicadores de capacidade de investidores.
Na semana passada, os papéis atrelados à inflação – chamados de Tesouro IPCA+ – se aproximaram (ainda mais) dos 7% ao ano, além do pagamento do IPCA do período. E essa não é exatamente uma novidade.
Essa alta inflação traz consequências graves para o mercado financeiro, como a instabilidade nas taxas de juros e o aumento dos custos de produção. Além disso, o aumento da inflação pode levar a uma dívida mais alta para os governos e empresas, o que pode afetar negativamente as finanças públicas e privadas. O índice de inflação, que mede o aumento dos preços dos bens e serviços, também pode ser afetado negativamente, o que pode levar a uma inflação ainda maior.
Impulso Inflação: Títulos-Atrelados e Índice
A situação atual dos títulos indexados ao índice vêm experimentando uma mudança significativa, refletindo a dinâmica econômica de ambos os países – Brasil e Estados Unidos. A incapacidade do governo federal de reduzir os gastos públicos e alcançar o objetivo de zerar o déficit das contas públicas gera uma incerteza sobre a capacidade de controle da dívida-pública. Em resposta a essas condições, os investidores começam a exigir uma rentabilidade maior para emprestar seu dinheiro, agravando o cenário inflacionário.
De acordo com Beto Saadia, economista e diretor de investimentos da Nomos, ‘é difícil encontrar um período com taxas tão atrativas como agora’. A perspectiva da macroeconomia considera uma taxa alta como um sinal negativo, mas para os novos investidores, é uma oportunidade excepcional. A análise assimétrica de risco sugere que os investidores podem exigir retornos ainda maiores, inclusive superando os 7%, a medida que as incertezas se intensifiquem nos próximos dois anos.
No entanto, é crucial lembrar que o cenário futuro é inescrutável, e a única certeza é a garantia de segurança e rentabilidade oferecida pelos títulos-atrelados ao IPCA. A segurança de não perder o poder de compra ao longo dos anos também é um fator importante, à medida que o dinheiro estiver aplicado. Ao investir em um produto que é atrelado ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a pessoa não apenas garante sua rentabilidade, mas também protege seu patrimônio do impacto da inflação.
Os riscos associados ao investimento em títulos do Tesouro, como o chamado ‘risco soberano’, sugerem que a possibilidade de o governo quebrar e não pagar a remuneração de quem colocou seu dinheiro no Tesouro é quase nula no Brasil. Com isso, os investidores podem ter a certeza de que a aplicação em títulos-atrelados ao IPCA oferece segurança e rentabilidade ao mesmo tempo, tornando-o uma escolha popular em tempos de inflação.
Fonte: @ Valor Invest Globo