Banco suíço reembolsará investidores em até 90% de suas participações em fundo da gestora envolvida em escândalos, após derrocada e provisão de US$ 900.000.000.
Após resgatar o Credit Suisse no início do ano passado, o UBS está agora lidando com a situação deixada pelo antigo concorrente, cuja solvência foi questionada após uma série de escândalos que resultaram na perda de clientes e na sua posterior venda. O UBS tem se destacado no mercado financeiro, buscando restabelecer a confiança dos investidores e clientes, reforçando sua posição como uma instituição sólida e confiável.
Enquanto o UBS trabalha para reverter os impactos deixados pelo Credit Suisse, a atenção do mercado financeiro se volta para as estratégias adotadas pelo banco suíço. A competição entre instituições financeiras globais, como o UBS e o Credit Suisse, reflete a busca constante por excelência e inovação no setor bancário internacional.
UBS propõe ressarcimento em meio a escândalos no Credit Suisse
Numa medida para encerrar os problemas que levaram à derrocada do Credit Suisse, o UBS revelou, no início do ano, uma proposta para resolver a situação relacionada à Greensill Capital, oferecendo-se para reembolsar parte dos recursos ainda retidos em fundos de investimento ligados à gestora britânica envolvida em financiamentos.
O banco suíço está disposto a reembolsar antigos clientes do Credit Suisse em até 90% de suas participações remanescentes no fundo. Para isso, o UBS fará uma provisão de US$ 900.000.000 no resultado do segundo trimestre. Até o momento, o Credit Suisse já devolveu mais de US$ 7 bilhões em recursos aos investidores, conforme informações da agência Dow Jones.
A proposta visa proporcionar segurança aos investidores do fundo, permitindo uma saída rápida de suas posições e uma recuperação financeira significativa. Centenas de clientes de alta renda do Credit Suisse foram afetados pelo colapso da Greensill no começo do ano, gestora que mantinha um fundo de US$ 10 bilhões com o banco suíço.
Fundada pelo australiano Lex Greensill em 2011, a empresa contava com o apoio do SoftBank e a assessoria do ex-primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. A Greensill enfrentou dificuldades ao não conseguir renovar os seguros dos empréstimos, diante das constatações de que muitas operações eram de baixa qualidade e em meio a acusações de obtenção fraudulenta de várias apólices de seguro.
O Credit Suisse foi duramente atingido por esse cenário, tendo que lidar, poucas semanas depois, com outro caso, o do family office Archegos Capital Management, de Bill Hwang. A falha no pagamento de chamadas de margem em algumas operações teve um impacto de 4,4 bilhões de francos suíços (US$ 4,7 bilhões à época) no banco.
Essa situação abalou a credibilidade do Credit Suisse, levando à saída de clientes de alta renda da área de wealth management. Nos últimos três meses do ano, os clientes retiraram 111 bilhões de francos suíços (US$ 120 bilhões na ocasião) do banco.
Apesar de ter apresentado um plano para reestruturar suas operações, o Credit Suisse acabou sendo incorporado pelo UBS, em março de 2023, numa operação que totalizou US$ 3,2 bilhões e que contou com o apoio das autoridades suíças. A aquisição foi finalizada em junho do mesmo ano, resultando em um gigante com balanço patrimonial de US$ 1,6 trilhão, administrando US$ 5 trilhões em ativos financeiros.
Fonte: @ NEO FEED