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Varejo e foodservice de olho na tendência de mercado, buscando melhorar resultados e experiência do consumidor com nova variação da rede.
Varejo dentro do foodservice e foodservice dentro do varejo. Essa interação entre os dois setores tem ganhado destaque no cenário atual, refletindo uma nova dinâmica de consumo. O tema foi abordado recentemente durante o Connection Foodservice, evento promovido pela MERCADO&CONSUMO e pela Gouvêa Foodservice, que discutiu as tendências e inovações do varejo alimentício.
Essa integração entre varejo e foodservice demonstra a crescente sinergia entre diferentes segmentos do mercado. A colaboração entre as lojas e os estabelecimentos de alimentação evidencia a busca por experiências únicas e inovadoras para os consumidores. O comércio alimentar está se reinventando, explorando novas formas de atender às demandas do público e se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
O varejo em destaque: integração com o foodservice
No painel ‘Conectando setores, satisfazendo paladares: integração entre varejo e foodservice’, mediado pela editora-executiva da M&C Aiana Freitas e que teve como convidados João Baptista Silva Junior, diretor de Franquias e Expansão do Rei do Mate, e Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls, esse novo momento do mercado foi detalhado.
O objetivo do varejo e do sistema de franquias é crescer. Então é importante entender quais são os sistemas para o crescimento. Precisa ter ponta, mas para crescer a conta precisa fechar. O varejo não pode ficar limitado a uma única ponta, que é o shopping. Ou pode acabar ficando refém de uma situação específica. Na nossa rede, por exemplo, o shopping representa 40% do faturamento. De 318 lojas, temos 141 em shoppings, que são grandes parceiros para nós. Mas eu preciso atender o consumidor onde ele estiver’, revelou João Baptista. ‘Eu não quero resolver o problema financeiro do shopping ou do locador. Eu quero crescer a rede de maneira saudável e para isso eu preciso buscar esse cliente. E o varejo também tem essa necessidade’, completou o executivo do Rei do Mate.
Vale notar que a busca pelo crescimento não se restringe a apenas um tipo de parceria. ‘Não é só o foodservice se unindo ao varejo. O serviço também entra aí. O Hospital Albert Einstein, por exemplo, tem quase 10 mil metros quadrados de área de varejo. E não é só para melhorar a experiência do cliente. A ideia é melhor também a experiência do próprio colaborador’, afirmou Luiz Alberto Marinho.
João Baptista garante que o Rei do Mate foi pioneiro neste tema no Brasil. ‘Temos lojas em aeroportos, clubes, empresas, faculdades, hospitais, dentro de outras lojas (store in store). Tudo isso vem da nossa necessidade de crescer e do varejo querendo encantar o cliente com um serviço de qualidade. E isso nós temos como oferecer’, revelou o executivo.
De fora para dentro, nos EUA temos exemplos de grandes marcas, principalmente de luxo, utilizando essa integração como estratégia. Nas lojas da Nordstrom que têm operações de foodservice, 25% das vendas já estão associadas a comida e/ou bebida, já mostrando um acerto na estratégia. E o Brasil não quer ficar para trás. ‘Temos alguns exemplos muito legais por aqui. O mais recente é o da Tânia Bulhões, que abriu o restaurante Leila em sua flagship, em São Paulo. Eles já começam a perceber uma integração entre o fluxo do restaurante e da loja. Todo enxoval das mesas do restaurante, por exemplo, é feito com produtos da Tânia Bulhões. É uma maneira de apresentar a marca para as pessoas. Nós estamos vendo os restaurantes ajudando a trazer fluxo, gerar receita e também como instrumento de branding’, garantiu Marinho. Mas o diretor de Franquias e Expansão do Rei do Mate entende que é sempre necessário planejar muito bem e, se for o caso, se adaptar ao projeto. ‘Economicamente é muito interessante, mas dependendo do produto ou serviço que você vai oferecer. Porque depende muito da experiência que case com o consumidor daquele.
Fonte: @ Mercado e Consumo