ESPN teve acesso ao contrato entre Vasco e 777 Partners, com cláusula de orçamento mínimo e investimento previsto no Centro de Treinamento, após ação ajuizada no Tribunal de Justiça.
A disputa jurídica entre o Vasco da Gama e a 777 Partners entrou em uma nova fase nesta quinta-feira (10). O contrato firmado entre o clube e a empresa norte-americana foi tornado público após a decisão da juíza Melissa Bertolucci, da 27ª Vara Cível do TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo). Esse é mais um capítulo na longa batalha jurídica entre as duas partes.
O contrato em questão é resultado de um acordo firmado entre o Vasco da Gama e a 777 Partners, que previa um investimento significativo no clube. No entanto, a parceria não se concretizou como esperado, levando a uma série de disputas judiciais. A decisão da juíza Melissa Bertolucci pode ser um passo importante para esclarecer os termos do contrato e resolver a situação. A transparência é fundamental nesse caso.
Detalhes do Contrato entre Vasco e 777 Partners
A informação sobre o Contrato entre o Vasco e a 777 Partners foi divulgada inicialmente pelo GE e confirmada pela ESPN. O Acordo, ao qual a reportagem teve acesso, faz parte de uma ação ajuizada pela consultoria holandesa KPMG, responsável pela intermediação do Acordo para a aquisição de 70% da SAF cruzmaltina, em cobrança de R$ 17,9 milhões dos R$ 24,5 milhões acordados. Segundo a empresa, apenas R$ 6,6 milhões foram pagos, em setembro de 2022.
O Contrato prevê um Investimento mínimo de R$ 360 milhões nos anos de 2022 e 2023, de forma conjunta, para a compra de direitos federativos e a folha salarial do departamento de futebol. Esse montante engloba elencos masculino e feminino profissionais, além das categorias de base. Para as temporadas 2024, 2025 e 2026, o pacote de Investimento previsto era de R$ 250 milhões ou 56% da receita anual, que levava em consideração desconto de até R$ 50 milhões em vendas de atletas.
Metas de Investimento e Objetivos do Contrato
A partir de 2027, no entanto, a promessa da 777 Partners em Contrato era de que o Vasco estaria ‘entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro’. O Contrato prevê ainda que essa meta de Investimento seria considerada alcançada, mesmo que o Vasco não estivesse ‘entre os cinco maiores orçamentos do futebol brasileiro’, em caso de a equipe terminar a temporada em posições pré-estabelecidas: no mínimo 6° colocado do Brasileiro; classificado para a CONMEBOL Libertadores do ano seguinte; campeão de Copa do Brasil, Libertadores ou Sul-Americana.
O Contrato entre Vasco e 777, que está suspenso desde meados de maio por decisão liminar da 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, determina ainda o veto para venda da SAF cruzmaltina até que fosse concluído o aporte dos R$ 700 milhões previstos no Acordo. Há ainda barreiras expressas para outros grupos que controlam equipes no Brasil e até mesmo na Europa, como o Eagle Football, de John Textor (Botafogo, Crystal Palace, Lyon), City Football Group (Bahia, Manchester City, Girona), Pacific Media Group (Barnsley, Nice), Fenway Sports Group (Liverpool) e Red Bull GmbH (Red Bull Bragantino, RB Leizig).
Outros Pontos de Destaque do Contrato
Outros pontos de destaque do Contrato entre Vasco e 777 Partners incluem a reforma do Centro de Treinamento, com a obrigação de obras de modernização e renovação em ambos os Centros de Treinamento até 30 de junho de 2024, ou aquisição e construção de outro CT, em aporte de R$ 25 milhões. Além disso, o Contrato prevê que o Vasco seria a ‘equipe de futebol carro-chefe na América do Sul’ da 777 Partners, o que define que o Cruzmaltino seria a prioridade da empresa norte-americana caso outra equipe da mesma holding gerasse veto à participação em uma competição.
Fonte: @ ESPN