Três colégios já proíbem smartphones, mesmo antes do projeto de lei do Ministério da Educação. Os estudantes enfrentam crises de abstinência, mas a medida é uma moda antiga que ajuda a evitar distrações e pochetes magnéticas. O Comitê Gestor da Internet apoia a medida.
Imagine um cenário onde os estudantes precisam se adaptar a uma rotina sem o uso do celular na escola. Como seria a vida desses alunos? Eles precisariam encontrar novas formas de se comunicar e se relacionar. Sem o celular, eles teriam que se concentrar mais nas aulas e interagir mais com os colegas de classe.
No entanto, é importante lembrar que o celular é um aparelho essencial para muitos jovens. Muitos deles usam o smartphone como uma ferramenta de aprendizado. Sem ele, eles teriam que encontrar outras maneiras de acessar informações e realizar tarefas. O telefone, que antes era apenas um meio de comunicação, agora é uma ferramenta multifuncional que os alunos precisam aprender a usar de forma responsável. A chave é encontrar um equilíbrio entre o uso do celular e a vida escolar.
Os Desafios da Proibição do Celular nas Escolas
A proibição do uso do celular nas escolas é um tema que tem gerado muita discussão nos últimos tempos. Embora ainda não haja uma determinação nacional, 28% das instituições de ensino urbanas e rurais já implementaram restrições rígidas em relação aos smartphones, segundo a pesquisa TIC Educação 2023, divulgada em agosto deste ano pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil. Neste artigo, vamos explorar como a proibição do celular afeta a rotina dos estudantes e como as escolas estão lidando com essa mudança.
O Impacto da Proibição do Celular nas Escolas
A escola judaica Alef Peretz, em São Paulo, é um exemplo de instituição que optou por proibir o uso do celular em sala de aula e durante o recreio. Os alunos são obrigados a colocar seus celulares em pochetes magnéticas, que são trancadas por meio de uma peça semelhante aos alarmes usados em lojas de roupas. Só depois da última aula, um funcionário usa um ‘desmagnetizador’ para abrir as bolsas. Essa medida foi implementada há sete meses e, segundo a professora de português Maristela Costa, ‘é como a saída de um vício’.
As Reações Iniciais dos Alunos
No início, os alunos reagiram com revolta e resistência à proibição do celular. Alguns sentiram ‘crises de abstinência‘ e ficaram perguntando o que fazer durante o intervalo. Houve até tentativas de ‘arrombamento’ das pochetes, que estragaram o fecho delas. Nesses casos, os estudantes responsáveis foram obrigados a pagar novamente a taxa de R$ 170 para adquirir uma nova bolsinha. Alguns alunos também tentaram usar truques para burlar a proibição, como colocar um aparelho antigo na pochete lacrada e deixar o ‘verdadeiro’ escondido embaixo da mesa.
Os Benefícios da Proibição do Celular
Apesar das reações iniciais, a proibição do celular tem trazido benefícios para os alunos. Eles estão passando mais tempo brincando e praticando esportes, e menos tempo usando o Whatsapp e joguinhos. Além disso, a falta de notificações tem permitido que os alunos se concentrem mais nas aulas. A professora Maristela Costa afirma que ‘os menores reaprendem a brincar, e os adolescentes trocam os chats de Whatsapp por esportes e por interações ‘à moda antiga’, cara a cara’.
O Futuro da Proibição do Celular nas Escolas
O Ministério da Educação (MEC) anunciou que, em outubro, lançará um projeto de lei para proibir o aparelho nos colégios do país. Embora ainda não haja uma determinação nacional, é provável que a proibição do celular se torne uma realidade em muitas escolas. É importante que as escolas e os pais estejam preparados para lidar com as reações iniciais dos alunos e para encontrar maneiras de tornar a proibição do celular uma experiência positiva para todos.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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