Vereador Rodolfo Barros denuncia ataques homofóbicos em rede social durante sessão na Câmara de Maceió. Emocionado, relatou o ocorrido em 5 minutos. #política #representatividade
Rodolfo Barros, vereador do PSB, denunciou na última quinta-feira (21) ter sido vítima de homofobia em suas redes sociais. Durante uma sessão na Câmara Municipal de Maceió, o político relatou os ataques homofóbicos que recebeu devido à sua orientação sexual, evidenciando a gravidade do problema que ainda persiste na sociedade.
É inaceitável que ainda existam casos de preconceito por orientação sexual e discriminação de gênero nos dias de hoje. A luta contra a homofobia deve ser constante, para que todos tenham o direito de viver sua vida sem serem alvos de ódio e intolerância. É fundamental que a sociedade se una para combater esse tipo de comportamento, garantindo o respeito à diversidade e aos direitos de todos os cidadãos, sem exceção.
Parlamentar denuncia ataques homofóbicos durante sessão na Câmara
Em um determinado momento da sessão, o parlamentar citou que alguns perfis chegaram a questionar a fé dele por causa da sua orientação sexual.
Discriminação de gênero e preconceito por orientação sexual em destaque
De acordo com o vereador, os ataques começaram após ele fazer um discurso e citar o caso de homofobia sofrido pelo jogador de vôlei Anderson Melo, na última quinta-feira (14), durante uma partida do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, que ocorreu em Recife (PE).
Redes sociais como palco para manifestações de homofobia
‘Ontem, eu fiz nesta casa um discurso sobre um crime de homofobia após palavras ofensivas feitas a um jogador de vôlei, durante uma partida. Ele, no exercício de sua profissão, foi vítima de palavras extremamente ofensivas.
Porém, em um recorte minúsculo, foi veiculado na imprensa que a minha fala era sobre a minha vida pessoal, quando, em nenhum momento, eu quis fazer da minha vida pessoal uma bandeira neste plenário. De maneira alguma eu quis me promover sobre uma pauta que eu considero extremamente importante e necessária. A consequência disso são comentários extremamente ofensivos, não apenas nas redes sociais.
Homofobia presente nas discussões políticas
Eu evito sempre ler esses comentários. São comentários que eu não vou querer reproduzi-los, pois eles atingem um lugar muito sensível no meu coração e eu sei disso. Eu não estou fazendo essa fala para me vitimizar’, citou Barros. Segundo o parlamentar, algumas pessoas chegaram a questionar a fé dele por causa da sua orientação sexual.
Política de representatividade e combate à homofobia
‘ Eu vou representar todos os maceioenses, seja ele de qualquer lugar ou qualquer clero e classe social. Ontem eu vi pessoas relacionando a minha orientação sexual à fé que eu professo. Eu vou continuar a crer que Jesus Cristo é o meu Senhor e o salvador da minha vida, independente se eu escolhi viver com outro homem ou não.
Essa é a fé que eu professo desde que eu nasci, e eu vou continuar professando. Eu sou motivo de orgulho para a minha casa, para a minha mãe e família. Eu não vou aceitar ser reduzido pela minha orientação sexual’, desabafou Fábio. Em determinado momento da fala (veja, abaixo, o vídeo), Rodolfo Barros cobra que outros parlamentares se posicionassem em casos de homofobia.
Solidariedade e conscientização contra ataques homofóbicos
‘Eu estou fazendo essa fala porque eu tenho amigos na minha família que sempre me acolheram. Eu vivi 26 anos da minha vida com a minha mente aprisionada, calado, de maneira que ninguém soubesse da minha orientação sexual. Até que eu conheci alguém, me apaixonei e tive a coragem de virar para a minha mãe e irmãos e dizer o que eu sentia, o que passava dentro de mim.
Eu estou falando isso porque eu tenho uma rede que me acolhe, mas existem meninos e meninas, em tantos lugares, que não têm esse acolhimento e tiram a sua própria vida por comentários cruéis. E são pessoas assim que são capazes de matar moradores de ruas, como esses casos que tivemos nesta semana.
Defesa da diversidade e combate à homofobia em todas as esferas
Então a gente precisa assumir esse nosso papel aqui, e eu não estou querendo dizer que eu sou militante e não estou me vitimizando pela história que eu tenho, porque existem pessoas que têm histórias muito além da minha. Porém, eu preciso dizer que esse parlamento também tem o seu papel de dizer que homofobia é crime em todas as suas formas.
Não importa quem esteja cometendo, tem que ser responsabilizado, pois é crime. Não podemos tolerar, em uma sociedade que se diz evoluída, pessoas que se importam com a vida pessoal e particular de alguém’, completou Barros.
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Fonte: © TNH1