Reconstituição 3D em Duque de Caxias: crianças-vítimas de disparo-fatal em favela do Sapinho, durante brincadeira, após controle-da violência por viatura-policial, em discussão sobre direitos-humanos.
As mortes de Emilly e Rebecca continuam a perturbar a comunidade brasileira. Para a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, é imperativo obter justiça para essas vítimas. O órgão está pleiteando a reabertura do inquérito ou a denúncia contra os policiais envolvidos nas mortes.
A Defensoria Pública considera que a falta de ação sobre esses casos é um desafio ao seu papel de defender os direitos das vítimas e suas famílias. Eles argumentam que a polícia deve ser uma força que protege e serve à comunidade, não uma força que causa medo e violência. A Defensoria Pública ainda afirma que, em conformidade com a lei, os policiais envolvidos devem ser responsabilizados por suas ações. A visão do Ministério Público de que incriminar policiais é incompatível com a grandeza da Defensoria Pública é inaceitável. O que é necessário é uma força que faça com que a lei seja respeitada e que os policiais sejam responsáveis por suas ações.
Lei e Força: O Caso das Crianças-Vítimas em Duque de Caxias
Renata Rodrigues dos Santos, mãe de Rebecca, foi ao Ministério Público do Rio de Janeiro, em um ato que pressionava pela reabertura do caso, em que a Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ) solicita a revisão do inquérito policial sobre as mortes de Emilly Vitória da Silva Moreira dos Santos, de 4 anos, e Rebecca Beatriz Rodrigues dos Santos, de 7 anos. As crianças foram atingidas por um único tiro em 2020, enquanto brincavam na favela do Sapinho, em Duque de Caxias (RJ).
A reabertura se baseia em uma reconstituição em 3D que reforça a hipótese de que o disparo fatal tenha partido de dentro de uma viatura policial. Isso levou a várias questões sobre a trajetória do disparo, o posicionamento das vítimas e a viatura. A reconstituição em 3D usou imagens de satélite, fotografias e dados periciais para modelar a cena do crime e analisar a viabilidade do disparo partir da viatura policial. O projeto foi realizado pelo Projeto Mirante, que analisa casos de violações de direitos humanos e é subsidiado pela Secretaria de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública (SAJU-MJSP).
O projeto concluiu que o disparo poderia ter sido efetuado por policiais posicionados no lado direito do veículo, o que contesta os resultados do laudo oficial. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro questiona a tese de que os disparos foram efetuados por traficantes que queriam atingir a viatura, mas erraram e acertaram as crianças. Em vez disso, os documentos e depoimentos apontam ‘falhas graves’ no controle de armamentos dos policiais, com erros nos livros de registro e ausência de dados sobre consumo de munição.
A reabertura do caso visa garantir justiça para as crianças e suas famílias. A mãe de Rebecca, Renata Rodrigues dos Santos, foi ao Ministério Público para pressionar pela reabertura do caso. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro afirma que o pedido é mais do que uma tentativa de corrigir erros processuais; trata-se de garantir justiça para essas crianças e suas famílias. É crucial que a verdade seja efetivamente apurada.
A Defensoria questiona a tese oficial de que os disparos foram efetuados por traficantes. Em vez disso, a reconstituição em 3D e análises detalhadas da trajetória do disparo e do posicionamento das vítimas apontam para a hipótese de que o disparo fatal tenha partido de dentro de uma viatura policial. A viatura estava em baixa velocidade na área no momento do incidente e retornou ao local horas depois, sem justificativa plausível.
O Projeto Mirante apontou que o disparo poderia ter sido efetuado por policiais posicionados no lado direito do veículo. Isso contesta os resultados do laudo oficial e reforça a hipótese de que o disparo fatal tenha partido da viatura policial. A Defensoria Pública do Rio de Janeiro afirma que o pedido é mais do que uma tentativa de corrigir erros processuais; trata-se de garantir justiça para essas crianças e suas famílias. É crucial que a verdade seja efetivamente apurada.
Fonte: @ Terra