No Sul, Blumenau (SC) sofreu enchente em 2008, afetando 60 cidades. Tragédia de 135 mortes: deslizamentos, inundados, vizinhos RS. Infantas, desalojadas, confirmadas mortes, desaparecidos. Território investigado: pessoas feridas, abrigos. Estados: estagnação.
Luís Carlos, de 30 anos de idade, também expressou solidariedade às vítimas das enchentes em São Paulo. O engenheiro e músico compartilhou em suas redes sociais, na sexta-feira (11), a importância de ajudar quem enfrenta momentos difíceis. Ele é natural de Santos, litoral de São Paulo, região propensa a enchentes devido às fortes chuvas. Confira Mais ‘Vamos nos unir nessa causa’.
Além disso, Ana Paula, residente em Curitiba, ficou sensibilizada com a situação das vítimas da inundação no Paraná. A advogada e poetisa destacou em seu blog, no sábado (12), a urgência de medidas preventivas para evitar novas enchentes na região. Ela cresceu em Joinville, cidade marcada pelas constantes cheias nos rios locais. Leia Mais ‘Juntos podemos minimizar os impactos’.
Memórias de uma Enchente no Passado
Lembro-me bem do desabafo que ouvi, aquelas palavras ressoando com dor e angústia. ‘Eu tô devastada’, foram suas palavras, ecoando o sofrimento de uma mãe que perdeu seu afilhado na tragédia das enchentes. A palavra ‘enchentes’ traz à tona uma série de lembranças sombrias, não é mesmo? São eventos que marcam vidas, comunidades inteiras, deixando marcas profundas.
Maria compartilhou sua história, um relato marcante de quando, aos 10 anos, ficou ilhada por cinco longos dias com sua família durante a maior enchente que já presenciou em Santa Catarina. A lembrança da inundação, a sensação de estar cercada pela água, a incerteza do que o amanhã traria. São memórias que se entrelaçam com a tristeza, o medo e a perda que tantas pessoas enfrentaram.
Tragédia de 2008 em Santa Catarina
A enchente de 2008 no Vale do Itajaí marcou o estado de Santa Catarina como um dos maiores desastres naturais já registrados. A cidade viu 80% de seu território coberto pelas águas, com Blumenau, epicentro da tragédia, contabilizando quase 3 mil deslizamentos. As chuvas intensas por três meses desencadearam a catástrofe, culminando em um fim de semana chuvoso, onde o volume de água superou em quatro vezes a média esperada para todo o mês de novembro.
Os relatos da época descreviam o Rio Itajaí-Açú subindo rapidamente, enquanto os morros ao redor pareciam se desfazer, como se estivessem derretendo. Um cenário de caos se espalhou por 60 cidades, impactando diretamente 1,5 milhão de pessoas. Dessas, cerca de 9.390 ficaram desalojadas, e o saldo trágico contabilizou 135 mortes confirmadas.
Enchentes no Rio Grande do Sul
A atual situação no Sul do Brasil também é marcada por tragédias causadas pelas enchentes. No Rio Grande do Sul, a Defesa Civil reportou que 78 mortes já foram confirmadas em decorrência dos temporais que assolam o estado há uma semana. Além disso, quatro óbitos estão sob investigação para determinar se estão relacionados aos desastres naturais. O cenário de devastação se estende, com 105 pessoas ainda desaparecidas e 175 feridas pelas cheias.
O número de desalojados continua alarmante, totalizando 134,3 mil pessoas sem lar. Deste total, 18,4 mil encontram abrigo em locais de assistência, enquanto 115,8 mil buscam refúgio na casa de parentes e amigos. A extensão dos danos atinge 341 municípios do estado, afetando diretamente 844 mil indivíduos, que enfrentam os efeitos avassaladores das enchentes em suas vidas.
Maria Lina, assim como tantos outros, testemunhou a força avassaladora das águas, o caos que se instala com as cheias e a solidariedade que surge para amparar os atingidos por essa terrível realidade. Enchências, cheias, inundação – palavras que evocam tragédias do passado e do presente, unindo estados vizinhos em memórias compartilhadas de infância, superação e resiliência frente às adversidades da natureza.
Fonte: © Revista Quem
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