A rotação da Terra tem influência menor do que se pensa na aviação, motivo pelo qual solução de voos com agilidade é a melhor.
Voar na direção oposta à rotação da Terra pode parecer a alternativa mais vantajosa para voos velozes, já que ao se deslocar em direção a algo que se move em sua direção, em algum momento, os trajetos se cruzarão.
Em contrapartida, para voos longos e de maior alcance, seguir a rotação do planeta pode ser a opção mais eficiente, permitindo aproveitar a velocidade adicional proporcionada pela própria Terra. Dessa forma, os voos transcontinentais podem se beneficiar desse fenômeno natural para reduzir o tempo de viagem significativamente. melhor opção
Por que Voar ao Contrário Não é a Melhor Solução de Voos
Porém, não é dessa forma que as coisas ocorrem neste planeta. A gravidade, os ventos, o combustível, a aerodinâmica e as leis de Newton estão no cerne da explicação sobre o motivo por que ‘voar ao contrário’ não é a solução quando se pensa em agilidade na aviação. Na realidade, essa pode ser uma péssima ideia, gerando prejuízos e ainda mais horas de voo. A curiosidade despertou para saber o motivo? Vamos explicar.
Ao contrário do que se pensa, a velocidade de rotação da Terra não tem tanto impacto na aviação. A Terra realiza seu movimento axial de oeste para leste a uma velocidade de cerca de 1.666 quilômetros por hora, completando uma rotação em aproximadamente 24 horas. Enquanto isso, as aeronaves comerciais e jatos podem atingir velocidades entre 900 km/h e 1.000 km/h. Os supersônicos, como o extinto Concorde, conseguiam voar a velocidades superiores a 2.000 km/h!
Seria de se esperar que a combinação dessas velocidades em direções opostas resultasse em voos de minutos em vez de longas horas cruzando os céus entre os continentes. Seria fácil sair do Brasil e chegar à Nova Zelândia voando de leste para oeste. Contudo, infelizmente, essa é uma ideia equivocada.
Para que a ideia de voar no sentido contrário à rotação da Terra fosse viável, o avião teria que neutralizar a força inercial, mantendo uma velocidade constante, como se estivesse parado, enquanto a Terra girasse, indicando o local de pouso com segurança. É como fazer exercícios em uma esteira. Apesar de correr, você está mantendo uma velocidade constante para não ser jogado ao chão enquanto a esteira registra o deslocamento. O atrito é o que te mantém ‘parado’ além da velocidade.
A rotação da Terra não influencia diretamente a duração dos voos, mas os fenômenos que ela causa sim. Quando nosso planeta em movimento arrasta a atmosfera junto, cria correntes de ar. Essas correntes são influenciadas pela Pseudoforça Inercial de Coriolis, que explica o movimento de ‘giro’ dos fluidos devido à rotação da Terra.
Fonte: @Tech Mundo
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